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Como tornar sua equipe mais produtiva e motivada

Gestão de pessoas: como motivar e tornar sua equipe mais produtiva

Pessoas são o maior ativo dentro das organizações e devem ser consideradas como investimento e não como custos. É o capital humano que move o negócio e que dá vida a ele, realizando as tarefas necessárias para que a empresa se desenvolva e cresça.

Uma equipe que recebe atenção e que tem seu potencial totalmente despertado consegue render ainda mais dentro da organização. De acordo com Thiago Quaresma Veras, o head da área de Recursos Humanos da Empiricus Research, a concepção do que é potencial varia muito entre teóricos e entre profissionais da área de desenvolvimento humano.

“Para mim, potencial é a capacidade que o colaborador tem para aprender. Portanto, todas as iniciativas e programas – em organizações que compartilham dessa concepção – devem buscar direta ou indiretamente aguçar o interesse pela aprendizagem”, completa o profissional que já trabalhou com o capital humano na Netshoes e Natura.

O especialista cita exemplos práticos, como dar a possibilidade aos colaboradores de participar de projetos multidisciplinares; incentivar a ida a cursos, treinamentos, congressos, com incentivo posterior à aplicação do conteúdo na prática.

“Embora sejam soluções simples, existem alguns outros aspectos de ordem funcional que precisam ser endereçados previamente, como pacote de salário e benefícios competitivos, infraestrutura de trabalho, reconhecimento. Com as questões mais básicas devidamente direcionadas combinadas a um contexto de aprendizagem contínuo, é possível despertar todo o potencial do time”, explica Veras

Mantenha sua equipe motivada

Quando as pessoas sentem que trabalham em um ambiente que respeita suas individualidades para desenvolver suas tarefas, envolve os colaboradores em processos claros e eficientes, demonstra uma gestão flexível e oferece oportunidades de crescimento, tornam-se mais motivadas e interessadas em continuar a fazer parte do time.

Veras explica que a motivação é um tópico que, por definição, é muito particular e varia conforme cada indivíduo. “Posso ter uma pessoa na minha equipe que é motivada por reconhecimento financeiro, enquanto outro pode ser por reconhecimentos não financeiros. Como resolver esta equação?”.

Para o especialista, uma forma de estabelecer uma solução é promover o diálogo, questionando o que é motivação para cada um. “Claro que, muitas vezes, as soluções precisam ser coletivas e, por isso, torna-se fundamental conhecer ainda mais o time profundamente. Assim o gestor será capaz de criar uma estratégia de engajamento do time, fomentando a performance individual e de toda a equipe”, conclui.

Além disso, Veras comenta que investir em treinamentos e no desenvolvimento do colaborador pode ser uma forma de torna-lo mais integrado e interessado pela empresa. Mas faz uma ressalva “se o corpo diretivo e de liderança da empresa acredita que a educação seja um pilar fundamental para evolução do indivíduo e, consequentemente, do negócio, o investimento em educação pode tornar-se um ativo valioso no aumento do engajamento e interesse pela empresa”.

Elimine a toxicidade

Algumas vezes ouvimos relatos de pessoas sobre a dificuldade que enfrentam no ambiente do trabalho com colegas e superiores. Os problemas num local onde as pessoas passam boa parte do seu tempo influenciam significativamente e podem provocar desmotivação, estresse e, até mesmo, doenças, como úlcera e gastrite.

Mudar este cenário depende da liderança, que deve conduzir as mudanças com tranquilidade. Para eliminar a toxicidade em alguns ambientes de trabalho, é preciso o acompanhamento individual muito próximo e presente por parte do gestor.

“Aumentar o engajamento daquele grupo que não está engajado e nem desengajado, ou seja, o famoso ‘em cima do muro’, depende diretamente do quanto o gestor dedica tempo para fazer a gestão real da equipe. Muitas vezes, o ‘estar em cima do muro’ deriva da falta de transparência nas avaliações e feedback que são feitos pelo gestor”, explica Veras.

Já sobre os casos de desengajados, ou em outras palavras, daqueles que estão jogando contra a área e organização, Veras recomenda uma rápida tomada de decisão para que o ciclo seja encerrado sem grandes impactos para ambas as partes – empresa e colaborador.

“De uma maneira quase simplista, o segredo está em manter o engajamento dos engajados, tentar resgatar os indecisos e encerrar a relação com quem está desengajado”, complementa.

Valorize a gestão do capital humano

As organizações não funcionam sem o capital humano e precisam valorizar quem está por trás de suas conquistas. Dar o devido peso para gestão de pessoas é fundamental para o sucesso da empresa. Não é preciso ir longe e é quase intuitivo perceber que a evolução dos negócios está diretamente ligada ao nível de engajamento e motivação das pessoas.

“Platonicamente, desejo que um dia já não seja mais necessária a existência do RH dentro das empresas. Que as lideranças sejam capazes de gerar um ambiente de aprendizagem e meritocracia, mantendo suas equipes engajadas. Até lá, vou ajudando a criar esses contextos de aprendizagem para as lideranças e equipes, sempre obstinado a gerar a melhor experiência de trabalho para todos”, conclui Veras.


Thiago Quaresma Veras é head da área de Recursos Humanos da Empiricus Research.

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