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Saiba identificar o perfil das fraudes virtuais e como se proteger delas

Por Galleger Ilhe*

As fraudes ainda são um dos principais motivos que fazem com que os empresários fechem seus e-commerces. Apesar do crescente reforço na segurança das transações online, ainda existem muitas pessoas má intencionadas na web. Ao empresário cabe fazer a ronda, tomar medidas preventivas que evitem a ação de fraudadores e possibilitem aos clientes reais maior segurança no momento da compra.

As fraudes online podem ser classificadas em três tipos: amigável, efetiva e auto-fraude. A primeira acontece quando uma pessoa conhecida do dono do cartão faz uma compra sem seu consentimento. Quando a fatura chega, a compra não é reconhecida pelo dono, que a cancela. Já a fraude efetiva acontece quando os dados do cartão são utilizados por criminosos. Nesses casos, a entrega da mercadoria é realizada no endereço do fraudador. Assim como no primeiro caso, o titular também recebe a fatura do cartão e não reconhece a compra, fazendo assim seu cancelamento. O último tipo acontece quando o próprio dono do cartão age de má fé, faz uma compra e depois pede seu estorno, como se não a reconhecesse.

Proteger seu negócio contra esse tipo de ação fraudulenta exige empenho e, muitas vezes, a ajuda de um profissional capacitado. O primeiro passo é tornar seu site um local seguro, utilizando ferramentas como certificados digitais de servidor, que garantem a proteção das informações inseridas pelo usuário por meio de protocolos de segurança SSL (Secure Sockets Layer). Esta ferramenta pode ser identificada na própria URL da loja – o “http” vem seguido da letra “s”.

Além disso, é preciso identificar qual a frequência de compra dos clientes habituais, calcular, em média, qual é o valor das compras feitas na sua loja, quanto cada cliente costuma gastar, de que modo eles pagam suas compras, de onde são, qual sua localização de IP etc. Com esses dados é possível estabelecer um padrão e monitorar as movimentações que se distanciem muito dele e que, portanto, acendem um sinal de alerta. Por exemplo, várias compras realizadas com um mesmo CPF, mas com endereços de entrega diferentes ou várias compras realizadas no mesmo nome, porém em diferentes cartões de crédito podem indicar ações duvidosas.

Nesses casos, é preciso recorrer às ferramentas de consulta, como o site da Receita Federal, SPC e Serasa. Mas se mesmo assim não for possível assegurar-se da idoneidade do comprador, o empresário pode recorrer ao contato direto, quando liga para o cliente para confirmar as informações fornecidas. No entanto, este tipo de prática deve ser evitado ao máximo, pois o cliente pode se sentir incomodado, o que pode interferir na imagem da sua empresa perante ele. Ao adotar a medida é preciso deixar bem claro no site da sua loja que se trata de uma norma de segurança, pois é comum que os clientes duvidem da veracidade das ligações.

Para implantar esses sistemas de segurança é preciso ter o apoio de um profissional, o que demanda algum recurso. Contudo não encare o emprego deste recurso como um gasto, mas sim como um investimento e uma necessidade para a segurança dos seus clientes e do seu próprio negócio.

*Galleger Ilhe é formado em Direito pela Puc-Pr e especializado em Direito do Consumidor Virtual. Atualmente ocupa o cargo de Diretor Comercial da Bis2Bis Comércio Eletrônico, empresa especializada no desenvolvimento e gestão de e-commerce em Magento e mídias sociais.

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